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IMPLICAÇÕES DA TEORIA DO PECADO ORIGINAL NO JUDAÍSMO PARA A TEORIA CRISTÃ »
"Biblical commentary of Rabbi David Kimchi (1160–1235), about the serpent’s seduction of Eve in the Garden of Eden and about a statement in the Talmud (strikingly reminiscent of the Christian doctrine of Original Sin) that Adam and Eve’s transgression polluted all humanity until the stain was removed from Israel at Mount Sinai, Kimchi remarks, “I won’t expound on this homily so as not to reveal hidden things… and ha-mevin yavin.”"
http:// magcalcauvin-nad avalgosintuamor .blogspot.pt/
É nesta trágica narrativa do Génesis – primeiro livro da Bíblia, no qual se relata a criação do mundo -, que assenta a doutrina do Pecado Original. O seu arquitecto foi o controverso Agostinho, um professor de retórica nascido em Tagaste (Argélia), que se notabilizara como arrebatado defensor dos ideais estóicos e maniqueístas. Mas, após uma vida dissoluta que o deixava amargurado na «lama da concupiscência» , arrastando-o «para um abismo de paixões e vícios» – conforme reconheceu nas suas «Confissões», primeiro livro autobiográfico da literatura cristã -, aceitou o baptismo durante a celebração da vigília pascal, na noite de 24 de Abril de 387, com 33 anos de idade.
Mas Agostinho, futuro bispo de Hipona, mal foi admitido no seio da Igreja de Roma iniciou de imediato a redacção do seu «Diálogo Sobre o Livre Arbítrio», no qual faz ressaltar as dúvidas que lhe haviam tomado a mente sobre a origem do mal. Não tardou a associar definitivamente a queda dos «primeiros pais», Adão e Khavyáo (Javá [Eva]), a uma transgressão de ordem sexual. E deste raciocínio até à vulgarização de que o pecado acompanha qualquer acasalamento humano, foi um passo. Ainda hoje, o Catecismo da Igreja Católica reconhece que «o pecado de Adão se tornou pecado de todos os seus descendentes», classificando-o como uma «inclinação para o mal, que se chama concupiscência» , a mesma expressão utilizada por Agostinho.
O relato bíblico onde o cristão africano fundamentou a sua tese surge nos segundo e terceiro capítulos do Génesis. Neles se descreve a fabulosa história do paraíso terrestre, no qual Deus instalou um homem e uma mulher para usufruírem «de todas as árvores do pomar»… O infeliz desenlace da narrativa literária mais comentada do mundo já se conhece. Diferente leitura faz o teólogo Armindo Vaz. Professor de Teologia Bíblica na Universidade Católica Portuguesa, defendeu na respeitada Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, a única tese de doutoramento onde se reconhece que esta narração do Génesis, escrita entre os séculos X e IV aC, é tão-só um mito de origem, que «pretende explicar a criação do Homem e a sua condição finita».
«Quando se refere a existência de um mito na Bíblia fica-se logo disposto a recusar, porque ainda se mantém uma incorrecta concepção de mito, pensando-se que é uma fantasia, sem qualquer relação com a realidade.» A advertência do padre Armindo Vaz pretende que o interlocutor perceba de que realidade o autor bíblico está a falar. «Não se trata de uma narração factual. Quando o autor coloca Deus a criar está a fazer uma afirmação de fé», sublinha o teólogo para logo anotar: «O mito começa quando o relato bíblico se inicia: ‘No dia em que o Senhor Deus fez o Céu e a Terra…’ Ou seja, atribuindo a origem de todas as realidades ao princípio absoluto de tudo.»
É precisamente esta razão que leva o investigador a afirmar que «não se pode pensar que o ser humano quando nasce, já nasce em condição de pecado», até porque, esclarece, «a teologia e a exegese bíblica deixa bem claro que o ser humano foi criado por D-us YÁOHU UL, à sua imagem e semelhança» [Bereshít 1:26«Disse mais YÁOHU ULHÍM: "Façamos um homem, um ser semelhante a nós, e que domine sobre todas as formas de vida na terra, nos ares e nas águas".
27 YÁOHU ULHÍM criou então o homem semelhante ao seu Criador; "assim YÁOHU ULHÍM criou o homem. "Homem e mulher - foi assim que os fez.» ]
[Atenção: »»» E o prova com evidências categóricas a ciência hodierna].
Como se explica então que o autor bíblico coloque Adam (Adão) e Khavyáo (Javá [Eva]) a desobedecerem a uma proibição de D-us, que não lhes permitia comer das duas Árvores – a da Vida e a do Conhecimento do bem e do mal – colocadas «no centro do pomar»? O teólogo chama a atenção para que o mito de origem não se limita a relatar «os aspectos simpáticos da criação», como o aparecimento dos animais e das plantas. «O narrador bíblico quer interpretar tudo. Ou seja, também está interessado nos aspectos negativos da vida humana.»
As exigências do trabalho, a busca do pão de cada dia, o cuidado das crianças, incluindo o parto, e a finitude da vida humana constituem o «lado negro» da vida com que o autor do Génesis se defrontou e ao qual teve de dar uma explicação através da fé. É aqui que surge a serpente, a exemplo de outros mitos de origem da região onde se situava o escritor bíblico, como a epopeia de Gilgames (2700 a.C.), a quem uma serpente roubou a planta da eterna juventude, e aos quais o autor bíblico não era alheio. «É essa condição finita com todos os aspectos dolorosos da condição humana que o narrador interpretou, colocando Deus a punir uma transgressão.»
Com Adam (Adão) e Khavyáo (Javá [Eva]), a serpente desempenha o papel de despertador dessa situação: «No dia em que comerdes dele (do fruto da Árvore do Conhecimento) se abrirão os vossos olhos e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.» E reconheceram que estavam nus. «Quando o narrador diz que homem e mulher não tinham vergonha um do outro, está a significar que não tinham consciência da sua nudez», diz o teólogo, para quem a transgressão é «apenas metafórica», por denunciar «um estado de incivilização». Na leitura de Armindo Vaz, «não se trata, portanto, de um estado paradisíaco, no qual homem e mulher viveriam em perfeita comunhão com D-us, sem perturbação da sua sexualidade». Pelo contrário, até ao momento da transgressão, Adam (Adão) e Khavyáo (Javá [Eva]) «não estavam completos». Portanto, conclui o sacerdote, «se o narrador quisesse significar que os humanos em processo de criação haviam pecado, estaria a responsabilizar D-us. Já que é D-us o único responsável pelo processo de criação, e dele os dois seres dependiam totalmente».
Só a partir desta releitura do mito de origem bíblico é que se consegue compreender o entendimento que Armindo Vaz faz do momento em que a narração coloca D-us a «punir» os transgressores, incluindo a serpente. «A punição dada à serpente insere-se na mesma linha da atribuída à mulher e ao homem», porque, na verdade, nunca o narrador do Génesis utiliza a palavra pecado, diz o teólogo. E como «a transgressão relatada é metafórica», o investigador atribui à serpente do Génesis um papel idêntico ao do réptil da lenda de Gilgames, que conhece as propriedades da planta da Vida.
Não foi este o entendimento de Agostinho, e depois dele o de toda a Igreja, que aceitou e incluiu na sua doutrina a tese do Pecado Original. O bispo de Hipona viu na descoberta da nudez um pecado de carácter moral, a perversão sexual que marcou toda a Humanidade. Armindo Vaz, porém, não se inclina perante esta interpretação. «Convertido ao cristianismo, o pano de fundo do maniqueísmo não desapareceu do pensamento de Santo Agostinho», reconhece o teólogo, para esclarecer que o «Pai» do Pecado Original, «quando se deparou com este texto do Génesis, viu nele o relato da sua história pessoal. Nesse Adam (que em hebraico significa homem), que ele entendeu como nome próprio, viu a sua própria pessoa, enquanto naquela Eva (que em hebraico significa vitalidade), que ele também percebeu como um nome próprio, reconheceu a mulher da qual teve um filho, numa relação extramatrimonia l».
No final do relato, porém, o autor do Génesis sente a necessidade de colocar anjos a guardarem «o caminho para a Árvore da Vida». É o desvendar de todo o mistério? Armindo Vaz defende que sim. Trata-se de uma explicação, para demonstrar que o ser humano não pode ser imortal. «Os querubins surgem para significar que o acesso à Árvore da Vida está vedado à Humanidade.»
http:// fatima.carmelita s.pt/ armindovaz/ biografia.htm
Armindo Vaz
fatima.carmelit as.pt
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Magalhães Luís
Segundo o Rabino David kimchi o pecado de Adam e Javá poluiram toda a humanidade até que a "mancha" foi removida de Yisrael no Monte Sinai/Horeb. E mais não diz: Ha-mevin yavin.
Magalhães Luís
Apenas uma reflexão, que demonstra que de certa forma a visão de Yeshua ser crucificado pelos pecados de Adam e dos nossos pecados, está a ser revista na Teologia.
Eleazar Ben HaShem
Perfeito Magalhães Luís! Obrigado!
Magalhães Luís
http:// magcalcauvin-nad avalgosintuamor .blogspot.pt/ 2013/06/ blog-post_8.html
NADA VALGO SIN TU AMOR: EM OBRAS - NEWS | TEORIA DO PECADO ORIGINAL NO JUDAÍSMO
magcalcauvin-na davalgosintuamo r.blogspot.com
Magalhães Luís
Diz Seth Godin que "a gestão de topo (...) quer hereges capazes de criar mudança antes que a mudança lhes caia em cima".
Magalhães Luís
Segundo o Rabino David kimchi o pecado de Adam e Javá poluiram toda a humanidade até que a "mancha" foi removida de Yisrael no Monte Sinai/Horeb. E mais não diz: Ha-mevin yavin.
Apenas uma reflexão, que demonstra que de certa forma a visão de Yeshua ser crucificado pelos pecados de Adam e dos nossos pecados, está a ser revista na Teologia.
NADA VALGO SIN TU AMOR
magcalcauvin-na davalgosintuamo r.blogspot.com
Magalhães Luís
Este rabino tem a sua bio aqui:
http:// en.wikipedia.org /wiki/ David_Kimhi
David Kimhi - Wikipedia, the free encyclopedia
en.wikipedia.or g
Magalhães Luís
RaDaK (רד"ק)
Magalhães Luís
E a citação do rabino tirei daqui:
http:// forward.com/ articles/178044/ its-a-hebrew-thi ng-you-get-it-o r-you-dont/
It's a Hebrew Thing — You Get It or You Don't
forward.com
Magalhães Luís
Quanto ao hebraico refere-se a uma forma idiomática denominada de hebraico antigo.
Judeu X
Magalhães Luís ele tem direito a uma interpretação sobre o assunto, mas tal pensamento não faz realmente parte da grande maioria dos rabinos no judaismo...
Mas realmente é interessante ver alguém observando tal texto sob essa perspectiva.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
http:// www.youtube.com/ watch?v=yXQMDyhW gTo
YAOHUSHUA É YAOHUSHUA e JESUS É JESUS - Parte 1 de 2 - YouTube.flv
youtube.com
Magalhães Luís
http:// www.youtube.com/ watch?v=7Ihl-Vsh AqQ
YAOHUSHUA É YAOHUSHUA e JESUS É JESUS Parte 2 de 2 YouTube
youtube.com
Magalhães Luís
http:// www.cyocaminho.c om.br/ESN.html
CYC - Congregação Yaoshorul'ita o Caminho
cyocaminho.com. br
Magalhães Luís
http:// www.cyocaminho.c om.br/ TemasDVs.html
CYC - Congregação Yaoshorul'ita o Caminho
cyocaminho.com. br
Magalhães Luís
http:// templojovemvirtu al.blogspot.pt/ 2012/05/ yaohu-e-yaohushu a-mais-uma-teor ia-sem.html
Templo Jovem Virtual: Yaohu e Yaohushua: mais uma teoria sem fundamentos.
templojovemvirt ual.blogspot.co m
Judeu X
Magalhães Luís não discuto com os "seguidores de Yaohu" como dizem ser... e tal pronuncia carece de legitimidade, isso já comprovadamente demonstrado.
Tal congregação por você citada é messiânica, portanto cristã.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Eu introduzi este "hebraico" a partir daqui:
http:// verdadesqueliber tam.wordpress.c om/ as-escrituras-na -versao-yaohush ua-clique-aqui/
As Escrituras na Versão YAHUSHUA-
verdadesquelibe rtam.wordpress. com
Magalhães Luís
O introduzi na postagem como acção provocatória. Uma metáfora.
Magalhães Luís
"A metáfora é uma das mais poderosas formas de comunicação, pelo seu poder de quebrar resistências".
Judeu X
Só me manifestei por ter sido publicado por você.
Mas seja qual for o seu objetivo, boa sorte nele.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Acima de tudo contestar que não existia uma visão do Pecado Original no Judaísmo. E depois aludir que os Teólogos afastam-se do Pecado Original.
Magalhães Luís
O que é positivo por parte dos Teólogos. Paulo denuncia o perigo do Sinai, que contém um limpar da "mancha" somente aos de Yisrael. Agostinho retoma-o.
Magalhães Luís
Mas os teólogos colam-se a Galatas 3.
Magalhães Luís
E a Gálatas 4: "O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos [os das Nações] para a servidão, que é Agar.
Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com os seus filhos.
Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é Mãe de todos nós.
Gálatas 4:24-26"
Magalhães Luís
Porque o Rabino não afirmou que se limpava a "mancha" também dos das Nações?!
David Kimhi - Wikipedia, the free encyclopedia
en.wikipedia.or g
Magalhães Luís
»»» Élder Magalhães Luís afirma:
Os futuros prosélitos que virão das Nações.
Magalhães Luís
Não concordas, Judeu X?
Judeu X
Como considero estranha a conclusão do rabino acerca do chamado "pecado original" não tenho como justificar as afirmações dele que vão em direções diferentes de outras escolas judaicas de diferentes correntes....
Reforço que tal ideia não é comum ao Judaísmo.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Shalom!
Magalhães Luís
https:// m.facebook.com/ photo.php?fbid=5 86397961381639& id=465282510159 852&set=a.52421 5707599865.1169 70.465282510159 852&ref=m_notif ¬if_t=group_ activity&__user =10000302661176 7
Magalhães Luís
Porque o Rabino não afirmou que se limpava a "mancha" também dos das Nações?! Eis a resposta que ecoa no ADN de muitos yehudim_ O que muitos yehudim, ilustrado pela boca de um menino judeu ortodoxo que vive em Jerusalém, pensam dos goyim: "Nós não consideramos que o goy [um gentio não prosélito] seja humano". [O meu objectivo é fazer uma crítica clara a um certo pensamento degradante. Pensamento vil na boca das crianças. E que tanto Yeshua elogiou. "Quem não for como as criancinhas não é digno do Reinado dos Céus".]
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Comjucase
PEÇO SOMENTE QUE TODOS LEIAM O BELÍSSIMO TEXTO E DEPOIS VEJAM O VÍDEO.
DIANTE DE TODOS DECLARAMOS A NOSSA TOTAL REPULSA A TODA FORMA DE DISCRIMINAÇÃO, O JUDAÍSMO CARAÍTA NÃO APOIA TAIS PENSAMENTOS PRECONCEITUOSOS E SEPARATISTAS!
ISTO NÃO ESTÁ NA TORÁ!
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Israel e a casa das diferenças
01/06/2013 Escrito por Marcelo Treistman
http:// www.conexaoisrae l.org/ clone-de-israel- e-a-casa-das-di ferencas-2/ 2013-06-01/ marcelo
Aos treze anos, realizei a cerimônia do meu Bar-Mitzvá em uma sinagoga ortodoxa. Durante a adolescência, vi lentamente a minha casa sair do modelo “judeus de Yom Kipur” para se aproximar dos rituais judaicos. Tefilin e kashrut começaram a fazer parte do meu cotidiano. Às sextas feiras participava com prazer do kabalat shabat e lembro com saudade da conversa amigável com os rabinos.
Em paralelo, frequentava um movimento juvenil sionista. Pouco a pouco fui aprendendo um conteúdo judaico que não havia recebido na escola. Quando olho para trás, é fácil perceber o exato momento em que o conceito sionista fundiu-se com a minha ideia de judaísmo. Ser sionista havia se tornado parte de minha identidade judaica. E o meu sentimento judaico começava a se ampliar para além das fronteiras da minha casa e daquela sinagoga das sextas feiras, com seus rituais que não preenchiam o meu desejo por valor e significado.
Mais velho, fui morar um ano em Israel e tive contato com diversas formas de vida judaica. Para alguém que nasceu e cresceu na diáspora, era divertido e interessante perceber a tamanha variedade de “judaísmos”. As diferenças apenas me confirmavam que a definição verdadeira do que é “ser judeu” só poderia ser alcançada através da soma de todos esses pequenos fragmentos.
Dentro de mim, surgiu uma imensa curiosidade de entender a construção desse grande mosaico. Ao estudar o nosso passado, mais forte era a minha convicção de que nunca tivemos uma forma única e que a busca por novos significados jamais cessou. Trata-se do motor central que preserva o judaísmo. A cada camada histórica era possível encontrar as diversas variantes judaicas e seus embates.
Quando retornei ao Brasil, aquela sinagoga em que me sentia tão bem acolhido, já não representava um local onde eu pudesse expressar livremente o meu judaísmo. E mais que isto, a minha expressão singular de ser humano que busca construir um mundo melhor e mais justo. Achava estranho o fato de Israel ser lembrado sempre como uma “terra” e nunca como um “Estado”.
Sentia falta de bandeiras com a Estrela de David, de comemorações como o Yom Haatzmaut e Yom Hazikaron. Não me conformava em enquadrar a vida num conjunto de rituais ancorados em valores de mera lealdade a um passado que não vivi (e que mais nenhum outro frequentador havia vivido – mesmo os Rabinos) e que, portanto, era apenas imaginado.
Obviamente, não vejo nenhum problema que um judeu se sinta confortável junto a ortodoxia. Mas não posso negar algo que vejo como uma grande paradoxo: não foram poucas as vezes que ouvi a frase: “a corrente ortodoxa é a única responsável pela “manutenção do judaísmo” Ora, pensava eu, será mesmo?
Era curioso perceber a contradição latente: o mesmo modelo de vida que estas pessoas acreditavam ser o único capaz de preservar o judaísmo, era aquele mesmo modelo de vida que eles “não escolheram” para si… A ideia era mais ou menos a seguinte: ainda bem que existem os ortodoxos, para manter o “judeu” que eles não são e que escolheram não ser… Feliz dos cariocas, brasileiros, judeus do mundo inteiro, que possuem os ortodoxos para fazer “tudo aquilo que é importante” para a preservação do judaísmo. Um modelo de vida tão importante, mas tão importante, que estas pessoas desejam um contato mínimo com ele (a não ser superficialment e – no nível meramente ritual – em Yom Kippur, por exemplo…)
Na minha cabeça de adolescente eu percebia que era exatamente o mesmo que dizer que “a honestidade” – como valor -, é algo de suma importância em nossas vidas. Diriam estas pessoas: “A “honestidade” é o que nos mantém sadios como como sociedade e como nação… Ainda bem que existem alguns poucos homens virtuosos para preservar e cultuar a “honestidade”, pois assim nós não precisamos praticá-la… Sim, estas pessoas pensam que não precisam praticar “a honestidade”, pois há, beezrat hashem, os “virtuosos da capa preta” que preservarão a “honestidade” para eles…
A lógica – portanto – é a seguinte: Existem muitas pessoas que concedem ao judaísmo ortodoxo a capacidade ÚNICA de preservação de nosso povo e – curiosamente – rejeitam inserir este modelo em suas próprias vidas. Quanto mais importante mais distante! Quanto mais este judaísmo se apresenta como necessário para a preservação de nosso povo, mais desnecessário ele se faz presente em suas vidas. Ora… Não deveria ser o contrário?
Felizmente, faço parte de uma geração privilegiada em que “ser judeu” deixou de ser um destino pré-determinado no nascimento para se transformar numa escolha. Particularmente , minha família estava inserida no mundo moderno e com a característica fundamental de profundo respeito às escolhas individuais. Fora isso, sempre tivemos uma habilidade inigualável para contornar através do diálogo atritos naturais que eram consequência da divergência.
Lentamente, me aproximei do judaísmo liberal, onde me sentia mais completo e onde a vida fazia mais sentido. Entre todas as correntes, era esta a que me oferecia a melhor possibilidade (na minha opinião) da junção entre sionismo e judaísmo, e acima de tudo, aquela que me apresentava a religião judaica como uma ferramenta, e não como uma barreira, na construção de um mundo pautado nos valores democráticos e na dignidade humana.
Há sete anos decidi morar em Israel. Era neste local que eu poderia viver rodeado da cultura que eu tanto valorava. Língua, artes, culinária, música, história, feriados, humor, conflitos… tudo judaico. Até mesmo o nome das ruas! Tudo essencialmente judaico.
Logo, porém, dentro do meu novo país, me deparei com um profundo problema que se originava justamente na religião. Diferente da diáspora, em Israel a diferença entre as correntes judaicas deixa de ter lugar apenas no campo ideológica para ser discutido na seara política – define e definirá a natureza do país que desejamos legar às próximas gerações. Não há nada que enfureça mais a moderna e democrática sociedade israelense do que a certeza de que ela financia um modelo de vida que não apenas é irrelevante para ela, como também despreza os valores da modernidade. A ortodoxia se opõe de forma veemente aos valores seculares de igualdade e livre escolha, ao sionismo, ao exército, à igualdade entre os gêneros, ao livre-pensament o, à especulação científica, etc… E no entanto, é esta sociedade (secular, que faz o exército, que determinou a igualdade entre os sexos e que defende o livre pensamento) que se vê obrigada a sustentar um modo de vida antagônico. Além disso, as notícias do país apontavam para a violência decorrente de um fundamentalismo religioso.
O que existe hoje em Israel é a divisão entre aqueles judeus que aceitam uma visão pluralista e aqueles que querem estabelecer um monopólio da definição do que é judaísmo. Entre aqueles que consideram os valores humanos como um valor universal e aqueles que justificam o preconceito com as mulheres e os não judeus ou condenam o homossexualidad e. Entre aqueles que utilizam a religião para impor verdades tidas como absolutas e aqueles que que acreditam na democracia e separam a política do mundo das crenças pessoais.
(tradução livre): “Torá e Suprema Corte – A Torá Decide“.
Propaganda que identifica o desejo de que leis religiosas (ou a interpretação que certo grupo faz das leis religiosas) se sobreponham as leis civis democraticament e instituídas
A percepção não poderia ser mais clara: A educação que tive em casa deveria determinar as políticas do Estado de Israel. Para os meus pais, o respeito à individualidade do outro estava acima do que eles entendiam por religião. Esse respeito às escolhas pessoais é a semente ideológica de onde nasce a democracia. E esta é a única saída para um país que deseja continuar democrático.
Os ortodoxos que desejam controlar o espaço público, negam a democracia porque não possuem este entendimento de tolerância a escolhas diferentes. O que vemos acontecer em Israel hoje, não é apenas um extremismo de um grupo que se afastou do centro e sim o conflito entre dois pensamentos irreconciliávei s. Eu jamais vou aceitar a imposição de um comportamento que contraria a minha visão de humanidade (por exemplo, que impeça às mulheres de exercer cargos públicos ou que diz que os não judeus não são humanos – vejam o filme abaixo), mesmo que a origem deste comportamento seja atribuída a Deus.
A convivência se baseia no respeito à individualidade . Somente o diálogo e a capacidade de contornar as tensões geradas naturalmente pelas diferentes formas de “ser judeu” podem manter a unidade dentro da diversidade. Qualquer pensamento que negue a individualidade não possui espaço em nosso país.
Eu aprendi desde cedo, que sob o mesmo teto e sobre o mesmo chão é possível conviver com as múltiplas formas de ser judeu.
Aproveito a oportunidade para compartilhar com os leitores um pequeno trecho de uma minissérie escrita e produzida por um de meus heróis israelenses chamado Yaron London. O programa é dividido em 4 blocos e chama-se “O povo escolhido” (העם הנבחר). Em cada capítulo, Yaron questiona as características e mitos formadores de nosso povo. Acredito que o vídeo é perfeito para demonstrar o que escrevo acima.
No trecho a seguir, Yaron visita uma família ortodoxa na cidade de Modiin Ilit. A entrevista é uma tentativa de encontrar respostas para perguntas importantes, como por exemplo: tendo em vista o crescimento demográfico da população ortodoxa em Israel, existirá espaço para alguém como Yaron (laico e ateu) no futuro? Como as crianças desta comunidade são educadas em relação ao diferente? O que aprendem na escola? Existe o respeito a liberdade individual? Existe tolerância a uma escolha de vida não ortodoxa?
*Em alguns momentos se fará necessário pausar o vídeo para ler integralmente as legendas*
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Video » http:// www.youtube.com/ watch?v=BmLkqzTh hD0
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PEÇO SOMENTE QUE TODOS LEIAM O BELÍSSIMO TEXTO E DEPOIS VEJAM O VÍDEO. DIANTE DE TODOS DECLARAMOS NOSSA TOTAL REPULSA A TODA FORMA DE DISCRIMINAÇÃO, O JUDAÍSMO CARAÍTA NÃO APOIA TAIS PENSAMENTOS PRECONCEITUOSOS E SEPARATISTAS! ISSO NÃO ESTÁ NA TORÁ! --------------- --------------- ----- Israel e a casa das diferenças 01/06/2013 Escrito por Marcelo Treistman+ Uncategorized fonte http:// www.conexaoisrae l.org/ clone-de-israel- e-a-casa-das-di ferencas-2/ 2013-06-01/ marcelo
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Aos treze anos, realizei a cerimônia do meu Bar-Mitzvá em uma sinagoga ortodoxa. Durante a adolescência, vi lentamente a minha casa sair do modelo “judeus de Yom Kipur” para se aproximar dos rituais judaicos. Tefilin e kashrut começaram a fazer parte do meu cotidiano. Às sextas feiras participava com prazer do kabalat shabat e lembro com saudade da conversa amigável com os rabinos. Em paralelo, frequentava um movimento juvenil sionista. Pouco a pouco fui aprendendo um conteúdo judaico que não havia recebido na escola. Quando olho para trás, é fácil perceber o exato momento em que o conceito sionista fundiu-se com a minha ideia de judaísmo. Ser sionista havia se tornado parte de minha identidade judaica. E o meu sentimento judaico começava a se ampliar para além das fronteiras da minha casa e daquela sinagoga das sextas feiras, com seus rituais que não preenchiam o meu desejo por valor e significado. Mais velho, fui morar um ano em Israel e tive contato com diversas formas de vida judaica. Para alguém que nasceu e cresceu na diáspora, era divertido e interessante perceber a tamanha variedade de “judaísmos”. As diferenças apenas me confirmavam que a definição verdadeira do que é “ser judeu” só poderia ser alcançada através da soma de todos esses pequenos fragmentos. Dentro de mim, surgiu uma imensa curiosidade de entender a construção desse grande mosaico. Ao estudar o nosso passado, mais forte era a minha convicção de que nunca tivemos uma forma única e que a busca por novos significados jamais cessou. Trata-se do motor central que preserva o judaísmo. A cada camada histórica era possível encontrar as diversas variantes judaicas e seus embates. Quando retornei ao Brasil, aquela sinagoga em que me sentia tão bem acolhido, já não representava um local onde eu pudesse expressar livremente o meu judaísmo. E mais que isto, a minha expressão singular de ser humano que busca construir um mundo melhor e mais justo. Achava estranho o fato de Israel ser lembrado sempre como uma “terra” e nunca como um “Estado”. Sentia falta de bandeiras com a Estrela de David, de comemorações como o Yom Haatzmaut e Yom Hazikaron. Não me conformava em enquadrar a vida num conjunto de rituais ancorados em valores de mera lealdade a um passado que não vivi (e que mais nenhum outro frequentador havia vivido – mesmo os Rabinos) e que, portanto, era apenas imaginado. Obviamente, não vejo nenhum problema que um judeu se sinta confortável junto a ortodoxia. Mas não posso negar algo que vejo como uma grande paradoxo: não foram poucas as vezes que ouvi a frase: “a corrente ortodoxa é a única responsável pela “manutenção do judaísmo” Ora, pensava eu, será mesmo? Era curioso perceber a contradição latente: o mesmo modelo de vida que estas pessoas acreditavam ser o único capaz de preservar o judaísmo, era aquele mesmo modelo de vida que eles “não escolheram” para si… A ideia era mais ou menos a seguinte: ainda bem que existem os ortodoxos, para manter o “judeu” que eles não são e que escolheram não ser… Feliz dos cariocas, brasileiros, judeus do mundo inteiro, que possuem os ortodoxos para fazer “tudo aquilo que é importante” para a preservação do judaísmo. Um modelo de vida tão importante, mas tão importante, que estas pessoas desejam um contato mínimo com ele (a não ser superficialment e – no nível meramente ritual – em Yom Kippur, por exemplo…) Na minha cabeça de adolescente eu percebia que era exatamente o mesmo que dizer que “a honestidade” – como valor -, é algo de suma importância em nossas vidas. Diriam estas pessoas: “A “honestidade” é o que nos mantém sadios como como sociedade e como nação… Ainda bem que existem alguns poucos homens virtuosos para preservar e cultuar a “honestidade”, pois assim nós não precisamos praticá-la… Sim, estas pessoas pensam que não precisam praticar “a honestidade”, pois há, beezrat hashem, os “virtuosos da capa preta” que preservarão a “honestidade” para eles… A lógica – portanto – é a seguinte: Existem muitas pessoas que concedem ao judaísmo ortodoxo a capacidade ÚNICA de preservação de nosso povo e – curiosamente – rejeitam inserir este modelo em suas próprias vidas. Quanto mais importante mais distante! Quanto mais este judaísmo se apresenta como necessário para a preservação de nosso povo, mais desnecessário ele se faz presente em suas vidas. Ora… Não deveria ser o contrário? Felizmente, faço parte de uma geração privilegiada em que “ser judeu” deixou de ser um destino pré-determinado no nascimento para se transformar numa escolha. Particularmente , minha família estava inserida no mundo moderno e com a característica fundamental de profundo respeito às escolhas individuais. Fora isso, sempre tivemos uma habilidade inigualável para contornar através do diálogo atritos naturais que eram consequência da divergência. Lentamente, me aproximei do judaísmo liberal, onde me sentia mais completo e onde a vida fazia mais sentido. Entre todas as correntes, era esta a que me oferecia a melhor possibilidade (na minha opinião) da junção entre sionismo e judaísmo, e acima de tudo, aquela que me apresentava a religião judaica como uma ferramenta, e não como uma barreira, na construção de um mundo pautado nos valores democráticos e na dignidade humana. Há sete anos decidi morar em Israel. Era neste local que eu poderia viver rodeado da cultura que eu tanto valorava. Língua, artes, culinária, música, história, feriados, humor, conflitos… tudo judaico. Até mesmo o nome das ruas! Tudo essencialmente judaico. Logo, porém, dentro do meu novo país, me deparei com um profundo problema que se originava justamente na religião. Diferente da diáspora, em Israel a diferença entre as correntes judaicas deixa de ter lugar apenas no campo ideológica para ser discutido na seara política – define e definirá a natureza do país que desejamos legar às próximas gerações. Não há nada que enfureça mais a moderna e democrática sociedade israelense do que a certeza de que ela financia um modelo de vida que não apenas é irrelevante para ela, como também despreza os valores da modernidade. A ortodoxia se opõe de forma veemente aos valores seculares de igualdade e livre escolha, ao sionismo, ao exército, à igualdade entre os gêneros, ao livre-pensament o, à especulação científica, etc… E no entanto, é esta sociedade (secular, que faz o exército, que determinou a igualdade entre os sexos e que defende o livre pensamento) que se vê obrigada a sustentar um modo de vida antagônico. Além disso, as notícias do país apontavam para a violência decorrente de um fundamentalismo religioso. O que existe hoje em Israel é a divisão entre aqueles judeus que aceitam uma visão pluralista e aqueles que querem estabelecer um monopólio da definição do que é judaísmo. Entre aqueles que consideram os valores humanos como um valor universal e aqueles que justificam o preconceito com as mulheres e os não judeus ou condenam o homossexualidad e. Entre aqueles que utilizam a religião para impor verdades tidas como absolutas e aqueles que que acreditam na democracia e separam a política do mundo das crenças pessoais. (tradução livre): “Torá e Suprema Corte – A Torá Decide“.
Ortodoxia em Israel - Yaron London - Conexão Israel
youtube.com
Propaganda que identifica o desejo de que leis religiosas (ou a interpretação que certo grupo faz das leis religiosas) se sobreponham as leis civis democraticament e instituídas A percepção não poderia ser mais clara: A educação que tive em casa deveria determinar as políticas do Estado de Israel. Para os meus pais, o respeito à individualidade do outro estava acima do que eles entendiam por religião. Esse respeito às escolhas pessoais é a semente ideológica de onde nasce a democracia. E esta é a única saída para um país que deseja continuar democrático. Os ortodoxos que desejam controlar o espaço público, negam a democracia porque não possuem este entendimento de tolerância a escolhas diferentes. O que vemos acontecer em Israel hoje, não é apenas um extremismo de um grupo que se afastou do centro e sim o conflito entre dois pensamentos irreconciliávei s. Eu jamais vou aceitar a imposição de um comportamento que contraria a minha visão de humanidade (por exemplo, que impeça às mulheres de exercer cargos públicos ou que diz que os não judeus não são humanos – vejam o filme abaixo), mesmo que a origem deste comportamento seja atribuída a Deus. A convivência se baseia no respeito à individualidade . Somente o diálogo e a capacidade de contornar as tensões geradas naturalmente pelas diferentes formas de “ser judeu” podem manter a unidade dentro da diversidade. Qualquer pensamento que negue a individualidade não possui espaço em nosso país. Eu aprendi desde cedo, que sob o mesmo teto e sobre o mesmo chão é possível conviver com as múltiplas formas de ser judeu. Aproveito a oportunidade para compartilhar com os leitores um pequeno trecho de uma minissérie escrita e produzida por um de meus heróis israelenses chamado Yaron London. O programa é dividido em 4 blocos e chama-se “O povo escolhido” (העם הנבחר). Em cada capítulo, Yaron questiona as características e mitos formadores de nosso povo. Acredito que o vídeo é perfeito para demonstrar o que escrevo acima. No trecho a seguir, Yaron visita uma família ortodoxa na cidade de Modiin Ilit. A entrevista é uma tentativa de encontrar respostas para perguntas importantes, como por exemplo: tendo em vista o crescimento demográfico da população ortodoxa em Israel, existirá espaço para alguém como Yaron (laico e ateu) no futuro? Como as crianças desta comunidade são educadas em relação ao diferente? O que aprendem na escola? Existe o respeito a liberdade individual? Existe tolerância a uma escolha de vida não ortodoxa? *Em alguns momentos se fará necessário pausar o vídeo para ler integralmente as legendas* video http:// www.youtube.com/ watch?v=BmLkqzTh hD0
Sami Hazan
O entrevistador diz claramente que não acredita ser filho de Avraham Avinu. O próprio entrevistador se auto exclui do povo judeu. Reportagem tendenciosa.
David Do Carmo
Na verdade existe uma confusão, o povo judeu são de descendência da Tribo de Judá. como os Efraimitas da tribo de Efraim. O problema é que estão fazendo exames com 99% de acertos no DNA
David Do Carmo
kkkk
David Do Carmo
Não se esqueçam 1% representa dúvidas
Noel Souza
Falsificação, os ensinamentos judaicos devem ser unviersais, informação superficial e tendenciosa.
Comjucase
Noel Souza não é uma falsificação, isto faz parte do pensamento dos extremistas religiosos judeus.
Lamentavelmente é um video verdadeiro.
Noel Souza
Não representa todo o Judaísmo, apenas alguma corrente isolada, então.
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ ܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢ ܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔ ܢܜܔ
IMPLICAÇÕES DA TEORIA DO PECADO ORIGINAL NO JUDAÍSMO PARA A TEORIA CRISTÃ »
"Biblical commentary of Rabbi David Kimchi (1160–1235), about the serpent’s seduction of Eve in the Garden of Eden and about a statement in the Talmud (strikingly reminiscent of the Christian doctrine of Original Sin) that Adam and Eve’s transgression polluted all humanity until the stain was removed from Israel at Mount Sinai, Kimchi remarks, “I won’t expound on this homily so as not to reveal hidden things… and ha-mevin yavin.”"
http://
É nesta trágica narrativa do Génesis – primeiro livro da Bíblia, no qual se relata a criação do mundo -, que assenta a doutrina do Pecado Original. O seu arquitecto foi o controverso Agostinho, um professor de retórica nascido em Tagaste (Argélia), que se notabilizara como arrebatado defensor dos ideais estóicos e maniqueístas. Mas, após uma vida dissoluta que o deixava amargurado na «lama da concupiscência»
Mas Agostinho, futuro bispo de Hipona, mal foi admitido no seio da Igreja de Roma iniciou de imediato a redacção do seu «Diálogo Sobre o Livre Arbítrio», no qual faz ressaltar as dúvidas que lhe haviam tomado a mente sobre a origem do mal. Não tardou a associar definitivamente
O relato bíblico onde o cristão africano fundamentou a sua tese surge nos segundo e terceiro capítulos do Génesis. Neles se descreve a fabulosa história do paraíso terrestre, no qual Deus instalou um homem e uma mulher para usufruírem «de todas as árvores do pomar»… O infeliz desenlace da narrativa literária mais comentada do mundo já se conhece. Diferente leitura faz o teólogo Armindo Vaz. Professor de Teologia Bíblica na Universidade Católica Portuguesa, defendeu na respeitada Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, a única tese de doutoramento onde se reconhece que esta narração do Génesis, escrita entre os séculos X e IV aC, é tão-só um mito de origem, que «pretende explicar a criação do Homem e a sua condição finita».
«Quando se refere a existência de um mito na Bíblia fica-se logo disposto a recusar, porque ainda se mantém uma incorrecta concepção de mito, pensando-se que é uma fantasia, sem qualquer relação com a realidade.» A advertência do padre Armindo Vaz pretende que o interlocutor perceba de que realidade o autor bíblico está a falar. «Não se trata de uma narração factual. Quando o autor coloca Deus a criar está a fazer uma afirmação de fé», sublinha o teólogo para logo anotar: «O mito começa quando o relato bíblico se inicia: ‘No dia em que o Senhor Deus fez o Céu e a Terra…’ Ou seja, atribuindo a origem de todas as realidades ao princípio absoluto de tudo.»
É precisamente esta razão que leva o investigador a afirmar que «não se pode pensar que o ser humano quando nasce, já nasce em condição de pecado», até porque, esclarece, «a teologia e a exegese bíblica deixa bem claro que o ser humano foi criado por D-us YÁOHU UL, à sua imagem e semelhança» [Bereshít 1:26«Disse mais YÁOHU ULHÍM: "Façamos um homem, um ser semelhante a nós, e que domine sobre todas as formas de vida na terra, nos ares e nas águas".
27 YÁOHU ULHÍM criou então o homem semelhante ao seu Criador; "assim YÁOHU ULHÍM criou o homem. "Homem e mulher - foi assim que os fez.» ]
[Atenção: »»» E o prova com evidências categóricas a ciência hodierna].
Como se explica então que o autor bíblico coloque Adam (Adão) e Khavyáo (Javá [Eva]) a desobedecerem a uma proibição de D-us, que não lhes permitia comer das duas Árvores – a da Vida e a do Conhecimento do bem e do mal – colocadas «no centro do pomar»? O teólogo chama a atenção para que o mito de origem não se limita a relatar «os aspectos simpáticos da criação», como o aparecimento dos animais e das plantas. «O narrador bíblico quer interpretar tudo. Ou seja, também está interessado nos aspectos negativos da vida humana.»
As exigências do trabalho, a busca do pão de cada dia, o cuidado das crianças, incluindo o parto, e a finitude da vida humana constituem o «lado negro» da vida com que o autor do Génesis se defrontou e ao qual teve de dar uma explicação através da fé. É aqui que surge a serpente, a exemplo de outros mitos de origem da região onde se situava o escritor bíblico, como a epopeia de Gilgames (2700 a.C.), a quem uma serpente roubou a planta da eterna juventude, e aos quais o autor bíblico não era alheio. «É essa condição finita com todos os aspectos dolorosos da condição humana que o narrador interpretou, colocando Deus a punir uma transgressão.»
Com Adam (Adão) e Khavyáo (Javá [Eva]), a serpente desempenha o papel de despertador dessa situação: «No dia em que comerdes dele (do fruto da Árvore do Conhecimento) se abrirão os vossos olhos e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.» E reconheceram que estavam nus. «Quando o narrador diz que homem e mulher não tinham vergonha um do outro, está a significar que não tinham consciência da sua nudez», diz o teólogo, para quem a transgressão é «apenas metafórica», por denunciar «um estado de incivilização».
Só a partir desta releitura do mito de origem bíblico é que se consegue compreender o entendimento que Armindo Vaz faz do momento em que a narração coloca D-us a «punir» os transgressores,
Não foi este o entendimento de Agostinho, e depois dele o de toda a Igreja, que aceitou e incluiu na sua doutrina a tese do Pecado Original. O bispo de Hipona viu na descoberta da nudez um pecado de carácter moral, a perversão sexual que marcou toda a Humanidade. Armindo Vaz, porém, não se inclina perante esta interpretação. «Convertido ao cristianismo, o pano de fundo do maniqueísmo não desapareceu do pensamento de Santo Agostinho», reconhece o teólogo, para esclarecer que o «Pai» do Pecado Original, «quando se deparou com este texto do Génesis, viu nele o relato da sua história pessoal. Nesse Adam (que em hebraico significa homem), que ele entendeu como nome próprio, viu a sua própria pessoa, enquanto naquela Eva (que em hebraico significa vitalidade), que ele também percebeu como um nome próprio, reconheceu a mulher da qual teve um filho, numa relação extramatrimonia
No final do relato, porém, o autor do Génesis sente a necessidade de colocar anjos a guardarem «o caminho para a Árvore da Vida». É o desvendar de todo o mistério? Armindo Vaz defende que sim. Trata-se de uma explicação, para demonstrar que o ser humano não pode ser imortal. «Os querubins surgem para significar que o acesso à Árvore da Vida está vedado à Humanidade.»
http://
Armindo Vaz
fatima.carmelit
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
Magalhães Luís
Segundo o Rabino David kimchi o pecado de Adam e Javá poluiram toda a humanidade até que a "mancha" foi removida de Yisrael no Monte Sinai/Horeb. E mais não diz: Ha-mevin yavin.
Magalhães Luís
Apenas uma reflexão, que demonstra que de certa forma a visão de Yeshua ser crucificado pelos pecados de Adam e dos nossos pecados, está a ser revista na Teologia.
Eleazar Ben HaShem
Perfeito Magalhães Luís! Obrigado!
Magalhães Luís
http://
NADA VALGO SIN TU AMOR: EM OBRAS - NEWS | TEORIA DO PECADO ORIGINAL NO JUDAÍSMO
magcalcauvin-na
Magalhães Luís
Diz Seth Godin que "a gestão de topo (...) quer hereges capazes de criar mudança antes que a mudança lhes caia em cima".
Magalhães Luís
Segundo o Rabino David kimchi o pecado de Adam e Javá poluiram toda a humanidade até que a "mancha" foi removida de Yisrael no Monte Sinai/Horeb. E mais não diz: Ha-mevin yavin.
Apenas uma reflexão, que demonstra que de certa forma a visão de Yeshua ser crucificado pelos pecados de Adam e dos nossos pecados, está a ser revista na Teologia.
NADA VALGO SIN TU AMOR
magcalcauvin-na
Magalhães Luís
Este rabino tem a sua bio aqui:
http://
David Kimhi - Wikipedia, the free encyclopedia
en.wikipedia.or
Magalhães Luís
RaDaK (רד"ק)
Magalhães Luís
E a citação do rabino tirei daqui:
http://
It's a Hebrew Thing — You Get It or You Don't
forward.com
Magalhães Luís
Quanto ao hebraico refere-se a uma forma idiomática denominada de hebraico antigo.
Judeu X
Magalhães Luís ele tem direito a uma interpretação sobre o assunto, mas tal pensamento não faz realmente parte da grande maioria dos rabinos no judaismo...
Mas realmente é interessante ver alguém observando tal texto sob essa perspectiva.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
http://
YAOHUSHUA É YAOHUSHUA e JESUS É JESUS - Parte 1 de 2 - YouTube.flv
youtube.com
Magalhães Luís
http://
YAOHUSHUA É YAOHUSHUA e JESUS É JESUS Parte 2 de 2 YouTube
youtube.com
Magalhães Luís
http://
CYC - Congregação Yaoshorul'ita o Caminho
cyocaminho.com.
Magalhães Luís
http://
CYC - Congregação Yaoshorul'ita o Caminho
cyocaminho.com.
Magalhães Luís
http://
Templo Jovem Virtual: Yaohu e Yaohushua: mais uma teoria sem fundamentos.
templojovemvirt
Judeu X
Magalhães Luís não discuto com os "seguidores de Yaohu" como dizem ser... e tal pronuncia carece de legitimidade, isso já comprovadamente
Tal congregação por você citada é messiânica, portanto cristã.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Eu introduzi este "hebraico" a partir daqui:
http://
As Escrituras na Versão YAHUSHUA-
verdadesquelibe
Magalhães Luís
O introduzi na postagem como acção provocatória. Uma metáfora.
Magalhães Luís
"A metáfora é uma das mais poderosas formas de comunicação, pelo seu poder de quebrar resistências".
Judeu X
Só me manifestei por ter sido publicado por você.
Mas seja qual for o seu objetivo, boa sorte nele.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Acima de tudo contestar que não existia uma visão do Pecado Original no Judaísmo. E depois aludir que os Teólogos afastam-se do Pecado Original.
Magalhães Luís
O que é positivo por parte dos Teólogos. Paulo denuncia o perigo do Sinai, que contém um limpar da "mancha" somente aos de Yisrael. Agostinho retoma-o.
Magalhães Luís
Mas os teólogos colam-se a Galatas 3.
Magalhães Luís
E a Gálatas 4: "O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos [os das Nações] para a servidão, que é Agar.
Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com os seus filhos.
Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é Mãe de todos nós.
Gálatas 4:24-26"
Magalhães Luís
Porque o Rabino não afirmou que se limpava a "mancha" também dos das Nações?!
David Kimhi - Wikipedia, the free encyclopedia
en.wikipedia.or
Magalhães Luís
»»» Élder Magalhães Luís afirma:
Os futuros prosélitos que virão das Nações.
Magalhães Luís
Não concordas, Judeu X?
Judeu X
Como considero estranha a conclusão do rabino acerca do chamado "pecado original" não tenho como justificar as afirmações dele que vão em direções diferentes de outras escolas judaicas de diferentes correntes....
Reforço que tal ideia não é comum ao Judaísmo.
Abraços e Shalom.
Magalhães Luís
Shalom!
Magalhães Luís
https://
Magalhães Luís
Porque o Rabino não afirmou que se limpava a "mancha" também dos das Nações?! Eis a resposta que ecoa no ADN de muitos yehudim_ O que muitos yehudim, ilustrado pela boca de um menino judeu ortodoxo que vive em Jerusalém, pensam dos goyim: "Nós não consideramos que o goy [um gentio não prosélito] seja humano". [O meu objectivo é fazer uma crítica clara a um certo pensamento degradante. Pensamento vil na boca das crianças. E que tanto Yeshua elogiou. "Quem não for como as criancinhas não é digno do Reinado dos Céus".]
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
Comjucase
PEÇO SOMENTE QUE TODOS LEIAM O BELÍSSIMO TEXTO E DEPOIS VEJAM O VÍDEO.
DIANTE DE TODOS DECLARAMOS A NOSSA TOTAL REPULSA A TODA FORMA DE DISCRIMINAÇÃO, O JUDAÍSMO CARAÍTA NÃO APOIA TAIS PENSAMENTOS PRECONCEITUOSOS
ISTO NÃO ESTÁ NA TORÁ!
---------------
Israel e a casa das diferenças
01/06/2013 Escrito por Marcelo Treistman
http://
Aos treze anos, realizei a cerimônia do meu Bar-Mitzvá em uma sinagoga ortodoxa. Durante a adolescência, vi lentamente a minha casa sair do modelo “judeus de Yom Kipur” para se aproximar dos rituais judaicos. Tefilin e kashrut começaram a fazer parte do meu cotidiano. Às sextas feiras participava com prazer do kabalat shabat e lembro com saudade da conversa amigável com os rabinos.
Em paralelo, frequentava um movimento juvenil sionista. Pouco a pouco fui aprendendo um conteúdo judaico que não havia recebido na escola. Quando olho para trás, é fácil perceber o exato momento em que o conceito sionista fundiu-se com a minha ideia de judaísmo. Ser sionista havia se tornado parte de minha identidade judaica. E o meu sentimento judaico começava a se ampliar para além das fronteiras da minha casa e daquela sinagoga das sextas feiras, com seus rituais que não preenchiam o meu desejo por valor e significado.
Mais velho, fui morar um ano em Israel e tive contato com diversas formas de vida judaica. Para alguém que nasceu e cresceu na diáspora, era divertido e interessante perceber a tamanha variedade de “judaísmos”. As diferenças apenas me confirmavam que a definição verdadeira do que é “ser judeu” só poderia ser alcançada através da soma de todos esses pequenos fragmentos.
Dentro de mim, surgiu uma imensa curiosidade de entender a construção desse grande mosaico. Ao estudar o nosso passado, mais forte era a minha convicção de que nunca tivemos uma forma única e que a busca por novos significados jamais cessou. Trata-se do motor central que preserva o judaísmo. A cada camada histórica era possível encontrar as diversas variantes judaicas e seus embates.
Quando retornei ao Brasil, aquela sinagoga em que me sentia tão bem acolhido, já não representava um local onde eu pudesse expressar livremente o meu judaísmo. E mais que isto, a minha expressão singular de ser humano que busca construir um mundo melhor e mais justo. Achava estranho o fato de Israel ser lembrado sempre como uma “terra” e nunca como um “Estado”.
Sentia falta de bandeiras com a Estrela de David, de comemorações como o Yom Haatzmaut e Yom Hazikaron. Não me conformava em enquadrar a vida num conjunto de rituais ancorados em valores de mera lealdade a um passado que não vivi (e que mais nenhum outro frequentador havia vivido – mesmo os Rabinos) e que, portanto, era apenas imaginado.
Obviamente, não vejo nenhum problema que um judeu se sinta confortável junto a ortodoxia. Mas não posso negar algo que vejo como uma grande paradoxo: não foram poucas as vezes que ouvi a frase: “a corrente ortodoxa é a única responsável pela “manutenção do judaísmo” Ora, pensava eu, será mesmo?
Era curioso perceber a contradição latente: o mesmo modelo de vida que estas pessoas acreditavam ser o único capaz de preservar o judaísmo, era aquele mesmo modelo de vida que eles “não escolheram” para si… A ideia era mais ou menos a seguinte: ainda bem que existem os ortodoxos, para manter o “judeu” que eles não são e que escolheram não ser… Feliz dos cariocas, brasileiros, judeus do mundo inteiro, que possuem os ortodoxos para fazer “tudo aquilo que é importante” para a preservação do judaísmo. Um modelo de vida tão importante, mas tão importante, que estas pessoas desejam um contato mínimo com ele (a não ser superficialment
Na minha cabeça de adolescente eu percebia que era exatamente o mesmo que dizer que “a honestidade” – como valor -, é algo de suma importância em nossas vidas. Diriam estas pessoas: “A “honestidade” é o que nos mantém sadios como como sociedade e como nação… Ainda bem que existem alguns poucos homens virtuosos para preservar e cultuar a “honestidade”, pois assim nós não precisamos praticá-la… Sim, estas pessoas pensam que não precisam praticar “a honestidade”, pois há, beezrat hashem, os “virtuosos da capa preta” que preservarão a “honestidade” para eles…
A lógica – portanto – é a seguinte: Existem muitas pessoas que concedem ao judaísmo ortodoxo a capacidade ÚNICA de preservação de nosso povo e – curiosamente – rejeitam inserir este modelo em suas próprias vidas. Quanto mais importante mais distante! Quanto mais este judaísmo se apresenta como necessário para a preservação de nosso povo, mais desnecessário ele se faz presente em suas vidas. Ora… Não deveria ser o contrário?
Felizmente, faço parte de uma geração privilegiada em que “ser judeu” deixou de ser um destino pré-determinado
Lentamente, me aproximei do judaísmo liberal, onde me sentia mais completo e onde a vida fazia mais sentido. Entre todas as correntes, era esta a que me oferecia a melhor possibilidade (na minha opinião) da junção entre sionismo e judaísmo, e acima de tudo, aquela que me apresentava a religião judaica como uma ferramenta, e não como uma barreira, na construção de um mundo pautado nos valores democráticos e na dignidade humana.
Há sete anos decidi morar em Israel. Era neste local que eu poderia viver rodeado da cultura que eu tanto valorava. Língua, artes, culinária, música, história, feriados, humor, conflitos… tudo judaico. Até mesmo o nome das ruas! Tudo essencialmente judaico.
Logo, porém, dentro do meu novo país, me deparei com um profundo problema que se originava justamente na religião. Diferente da diáspora, em Israel a diferença entre as correntes judaicas deixa de ter lugar apenas no campo ideológica para ser discutido na seara política – define e definirá a natureza do país que desejamos legar às próximas gerações. Não há nada que enfureça mais a moderna e democrática sociedade israelense do que a certeza de que ela financia um modelo de vida que não apenas é irrelevante para ela, como também despreza os valores da modernidade. A ortodoxia se opõe de forma veemente aos valores seculares de igualdade e livre escolha, ao sionismo, ao exército, à igualdade entre os gêneros, ao livre-pensament
O que existe hoje em Israel é a divisão entre aqueles judeus que aceitam uma visão pluralista e aqueles que querem estabelecer um monopólio da definição do que é judaísmo. Entre aqueles que consideram os valores humanos como um valor universal e aqueles que justificam o preconceito com as mulheres e os não judeus ou condenam o homossexualidad
(tradução livre): “Torá e Suprema Corte – A Torá Decide“.
Propaganda que identifica o desejo de que leis religiosas (ou a interpretação que certo grupo faz das leis religiosas) se sobreponham as leis civis democraticament
A percepção não poderia ser mais clara: A educação que tive em casa deveria determinar as políticas do Estado de Israel. Para os meus pais, o respeito à individualidade
Os ortodoxos que desejam controlar o espaço público, negam a democracia porque não possuem este entendimento de tolerância a escolhas diferentes. O que vemos acontecer em Israel hoje, não é apenas um extremismo de um grupo que se afastou do centro e sim o conflito entre dois pensamentos irreconciliávei
A convivência se baseia no respeito à individualidade
Eu aprendi desde cedo, que sob o mesmo teto e sobre o mesmo chão é possível conviver com as múltiplas formas de ser judeu.
Aproveito a oportunidade para compartilhar com os leitores um pequeno trecho de uma minissérie escrita e produzida por um de meus heróis israelenses chamado Yaron London. O programa é dividido em 4 blocos e chama-se “O povo escolhido” (העם הנבחר). Em cada capítulo, Yaron questiona as características
No trecho a seguir, Yaron visita uma família ortodoxa na cidade de Modiin Ilit. A entrevista é uma tentativa de encontrar respostas para perguntas importantes, como por exemplo: tendo em vista o crescimento demográfico da população ortodoxa em Israel, existirá espaço para alguém como Yaron (laico e ateu) no futuro? Como as crianças desta comunidade são educadas em relação ao diferente? O que aprendem na escola? Existe o respeito a liberdade individual? Existe tolerância a uma escolha de vida não ortodoxa?
*Em alguns momentos se fará necessário pausar o vídeo para ler integralmente as legendas*
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
Video » http://
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
PEÇO SOMENTE QUE TODOS LEIAM O BELÍSSIMO TEXTO E DEPOIS VEJAM O VÍDEO. DIANTE DE TODOS DECLARAMOS NOSSA TOTAL REPULSA A TODA FORMA DE DISCRIMINAÇÃO, O JUDAÍSMO CARAÍTA NÃO APOIA TAIS PENSAMENTOS PRECONCEITUOSOS
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
Aos treze anos, realizei a cerimônia do meu Bar-Mitzvá em uma sinagoga ortodoxa. Durante a adolescência, vi lentamente a minha casa sair do modelo “judeus de Yom Kipur” para se aproximar dos rituais judaicos. Tefilin e kashrut começaram a fazer parte do meu cotidiano. Às sextas feiras participava com prazer do kabalat shabat e lembro com saudade da conversa amigável com os rabinos. Em paralelo, frequentava um movimento juvenil sionista. Pouco a pouco fui aprendendo um conteúdo judaico que não havia recebido na escola. Quando olho para trás, é fácil perceber o exato momento em que o conceito sionista fundiu-se com a minha ideia de judaísmo. Ser sionista havia se tornado parte de minha identidade judaica. E o meu sentimento judaico começava a se ampliar para além das fronteiras da minha casa e daquela sinagoga das sextas feiras, com seus rituais que não preenchiam o meu desejo por valor e significado. Mais velho, fui morar um ano em Israel e tive contato com diversas formas de vida judaica. Para alguém que nasceu e cresceu na diáspora, era divertido e interessante perceber a tamanha variedade de “judaísmos”. As diferenças apenas me confirmavam que a definição verdadeira do que é “ser judeu” só poderia ser alcançada através da soma de todos esses pequenos fragmentos. Dentro de mim, surgiu uma imensa curiosidade de entender a construção desse grande mosaico. Ao estudar o nosso passado, mais forte era a minha convicção de que nunca tivemos uma forma única e que a busca por novos significados jamais cessou. Trata-se do motor central que preserva o judaísmo. A cada camada histórica era possível encontrar as diversas variantes judaicas e seus embates. Quando retornei ao Brasil, aquela sinagoga em que me sentia tão bem acolhido, já não representava um local onde eu pudesse expressar livremente o meu judaísmo. E mais que isto, a minha expressão singular de ser humano que busca construir um mundo melhor e mais justo. Achava estranho o fato de Israel ser lembrado sempre como uma “terra” e nunca como um “Estado”. Sentia falta de bandeiras com a Estrela de David, de comemorações como o Yom Haatzmaut e Yom Hazikaron. Não me conformava em enquadrar a vida num conjunto de rituais ancorados em valores de mera lealdade a um passado que não vivi (e que mais nenhum outro frequentador havia vivido – mesmo os Rabinos) e que, portanto, era apenas imaginado. Obviamente, não vejo nenhum problema que um judeu se sinta confortável junto a ortodoxia. Mas não posso negar algo que vejo como uma grande paradoxo: não foram poucas as vezes que ouvi a frase: “a corrente ortodoxa é a única responsável pela “manutenção do judaísmo” Ora, pensava eu, será mesmo? Era curioso perceber a contradição latente: o mesmo modelo de vida que estas pessoas acreditavam ser o único capaz de preservar o judaísmo, era aquele mesmo modelo de vida que eles “não escolheram” para si… A ideia era mais ou menos a seguinte: ainda bem que existem os ortodoxos, para manter o “judeu” que eles não são e que escolheram não ser… Feliz dos cariocas, brasileiros, judeus do mundo inteiro, que possuem os ortodoxos para fazer “tudo aquilo que é importante” para a preservação do judaísmo. Um modelo de vida tão importante, mas tão importante, que estas pessoas desejam um contato mínimo com ele (a não ser superficialment
Ortodoxia em Israel - Yaron London - Conexão Israel
youtube.com
Propaganda que identifica o desejo de que leis religiosas (ou a interpretação que certo grupo faz das leis religiosas) se sobreponham as leis civis democraticament
Sami Hazan
O entrevistador diz claramente que não acredita ser filho de Avraham Avinu. O próprio entrevistador se auto exclui do povo judeu. Reportagem tendenciosa.
David Do Carmo
Na verdade existe uma confusão, o povo judeu são de descendência da Tribo de Judá. como os Efraimitas da tribo de Efraim. O problema é que estão fazendo exames com 99% de acertos no DNA
David Do Carmo
kkkk
David Do Carmo
Não se esqueçam 1% representa dúvidas
Noel Souza
Falsificação, os ensinamentos judaicos devem ser unviersais, informação superficial e tendenciosa.
Comjucase
Noel Souza não é uma falsificação, isto faz parte do pensamento dos extremistas religiosos judeus.
Lamentavelmente
Noel Souza
Não representa todo o Judaísmo, apenas alguma corrente isolada, então.
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜ
Before he's a man, bar mitzvah boy goes viral
By Jessica Ravitz, CNN
Atlanta (CNN) – According to Jewish tradition, a boy becomes a man at 13, when he's called before his community to read from the Torah and become a bar mitzvah, meaning “son of the commandments.”
In the case of Daniel Blumen, who will make this rite of passage in May, this homestretch of childhood has suddenly become a viral event.
Rather than send out simple save-the-date cards or e-mail announcements, Daniel busted out and did something different. A fan of rap music, this only child and “clever little guy,” as described by his father, made a music video – for which he wrote most of his own lyrics – playing off Jermaine Dupri's “Welcome to Atlanta," featuring Ludacris.
The video features Daniel plugging landmark sites across the city – Turner Field, the Olympic rings, the Georgia Aquarium – and includes a smattering of celebs. Ne-Yo holds up a sign in a photo: "To My Lil Rapper D Mazel Tov!" In another image, Shaquille O'Neal and Charles Barkley sit at the TNT Halftime Report desk, where Daniel also appears.
The final product was intended for friends and family and went out two weeks ago. But on Tuesday, a staff writer at Tablet magazine, Adam Chandler, saw it on Facebook after a friend of a friend shared it. He wrote a quick piece for the online Jewish publication, and social media took over – landing Daniel in the spotlight and on national TV.
“I've never done anything even closely related to this,” said Daniel, who explained that he and his mom were inspired by a save-the-date video that a kid from New York made a couple of years ago, playing off Jay-Z's “Empire State of Mind.” “It was really good, but we wanted to do something funnier that had to do with Atlanta.”
The reviews from friends and family have been great. And plenty of strangers are loving it, too, including Frank Ski, an Atlanta radio and TV personality.
Ski, who appeared in the original Jermaine Dupri and Ludacris video, was one of a handful of local celebs to make cameo appearances in Daniel's. He has a son in Daniel's school and a friend who practices law in the same firm as Daniel's parents. So when the friend approached him about the project, he couldn't resist. Daniel went to Frank Ski's Restaurant & Lounge, and after 15 minutes in the DJ booth together they had what they needed.
“It was pretty simple and painless,” Ski said. As for the final product: “Very creative,” he said. “Hilarious.”
Another fan is Atlanta Mayor Kasim Reed, who also made an appearance after Daniel's mom sent a request to the mayor's office.
"Mayor Reed has an extremely busy schedule, but he has a soft spot for kids and this seemed like a fun, easy thing to do. ... It only took a few minutes," spokeswoman Sonji Jacobs wrote in an e-mail. "We did not know it would go viral. We think it is very cute."
Not everyone who's come across the video is pleased, however. There are plenty of oys and ughs, claims that this is an insult to a faith and a people, and other sweeping generalizations about what the video represents. One woman wrote on Facebook: "Gag. This would be cute if it weren't so excessive. I'm embarrassed on behalf of The Temple (the synagogue Daniel's family attends), my home city and southern Jewry."
The thing is, beyond the kid in New York who inspired the idea, Daniel is far from alone in doing this. Do a quick YouTube search, and there are oodles of less compelling save-the-date videos.
The criticisms are mind-blowing to Rabbi Peter Berg of The Temple, who agreed to a quick cameo himself. He said he knows countless synagogues that release playful videos, including raps, to ramp up High Holy Day attendance. And it's not as if this is Daniel's actual bar mitzvah, a ceremony the boy is taking very seriously.
“This is just a kid's save-the-date that he's sending to Aunt Sylvia,” said Berg. “He's a good kid. He's excited about his bar mitzvah, and I think it's a shame people are being critical.”
Even the headline to the Tablet story made a little dig: “Bar Mitzvah Video Eclipses GDP of Small Nations.”
That, too, is laughable to those who were involved. Berg said no one was paid to be in the video. It was shot in a day (other than quick cameos) and edited by a recent college grad, 21-year-old Gabi Chennisi, with the help of her boyfriend. Chennisi, who freelances around Atlanta and does work for CNN sister network HLN, said she got no more than $2,000 for the job – one she couldn't have enjoyed more.
“I want people to look for the spirit in the video,” she said. “He was not taking himself too seriously. The family wanted to have a good time with it, and he had a blast.”
And for those who complain that Daniel's parents, Rick Blumen and Liz Price, have nothing better to do with their money?
“This cost much less than the printed invitations (to the bar mitzvah), which aren't lavish either,” Daniel's dad said. “We'll have a normal service and normal party afterward. We're not looking to top any lists or do anything spectacular.”
But the fact that Daniel was inspired enough to do this video is pretty spectacular, said Clark Howard, an Atlanta-based syndicated consumer expert who appears on radio and TV, including HLN.
Howard doesn't know Daniel's parents, but when they reached out to one of his producers and he heard about what Daniel was doing, he was in. Something about a boy being pumped for his bar mitzvah got to him.
“It can be a brutal path,” Howard said.
He should know. He didn't have his bar mitzvah until 11 years ago, when he was 46. He decided to do it when his oldest daughter was studying for – and complaining about – her coming-of-age ceremony.
“She said, 'Dad, why do I have to do this when you never did it?' I said, 'You're right,'” Howard remembered. “She thought I was going to say 'quit.' … I said, 'Why don't I do it, too.'”
For two years he studied. He'd take breaks from a book tour to return to Atlanta and have lessons with his rabbi. He had no idea how hard it would be. Come the big day, which included a joint service with his daughter, Howard choked.
“She nailed it,” he said. “I was completely pathetic.”
Daniel, said those who know him, is bound to shine. He's working hard, according to his rabbi. He's conscientious and getting straight As, said his dad. The boy was racing off to Hebrew lessons, which he has twice a week, when CNN reached him Wednesday evening.
Fred Assaf, the head of Daniel's school, Pace Academy, and also a video cameo star, said there's a lesson in all of this – especially for those who grumble about “kids these days.”
“The world changes,” he said. “We're trying to get kids to take leadership positions and create a new world and not be stuck in the past. We encourage critical thinking and creativity. If these young kids can't be smarter than us, we're in trouble.”
If a child is having fun and is excited about an important milestone in his life, that's great news, he said.
“And a kid who's put himself out there regarding his faith, good for him,” Assaf said. “Who can complain?”
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