Carloss Alberto DE Oliveira Alberto Olivira
Bom dia sr Magalhães, tudo de bom para o amigo, se eu estiver errado corrija-me sobre a Páscoa.
Magalhães Luís
Tese de Ressurreição de George Gurdjieff »
Gurdjieff foi um pensador russo que no início do século passado já falava em auto-conhecimen to e na importância de se saber viver. Dizia ele: 'Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento, e aquilo que realmente vale como principal'. Assim sendo, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris. Dizem os 'experts' em comportamento que, quem já consegue assimilar 10 delas, com certeza aprendeu a viver com qualidade interna. Ei-las:
1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.
2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
3) Planeje seu dia sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.
4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.
5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível no trabalho, casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.
6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.
7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.
10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.
11) Família não é você, ela está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.
13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe
14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.
15) Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.
18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
19) Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!
20) E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente :
Você é o que se fizer ser!
Não tem nada a ver, o Peshach,com a Páscoa é so ver nos elementos que compoe essa comemoraçao, no Peshach, tem, cabrito, pao sem fermento, ervas amargas, e vinho, muito vinho, e a pascoa dos cristao se basei-se no culto de mitra, onde ele mata o touro, come a sua carne, e bebe o sangue, nao é muito parecido com a ceia dos cristas?
Valeu, já salvei.
Vamos reflectir sobre a Parashá Tzav, que continua a descrever as leis dos Korbanót (sacrifícios) que eram oferecidos no Mishkan (Templo Móvel). E um dos Korbanót era o "Korban Todá", o sacrifício de agradecimento, trazido por uma pessoa que havia passado por um grande risco de vida. O Korban servia para a pessoa reconhecer que a mão de D'us estava por traz da sua salvação, evitando assim o grave erro de pensar que as coisas acontecem por acaso, sem controle. E muitas vezes esta Parashá é lida no "Shabat HaGadol", o último Shabat antes da festa de Pessach, que começa na próxima segunda feira de noite (25/03). Talvez uma das conexões da Parashá Tzav com a festa de Pessach é que, da mesma forma que o Korban Todá era um lembrete para a pessoa não se esquecer da "Mão de D'us" na sua salvação, assim também é Pessach, a festa em que reunimos as nossas famílias, principalmente durante o Seder de Pessach, e recordamos todos os milagres que D'us fez para salvar.nos do Egipto.
A salvação do Egipto não foi apenas uma salvação física. O povo judeu estava numa terrível queda espiritual. O profeta Yechezkel, para descrever a decadência espiritual do povo judeu durante a escravidão no Egipto, após dois séculos no lugar mais promíscuo e idólatra do mundo, utiliza a seguinte expressão: "Ve At Eirom VeEria" (Yechezkel 16:7), que significa literalmente "você estava nua e sem roupa". O que significa esta expressão, e por que o profeta utilizou as duas linguagens aparentemente redundantes, nu e sem roupa?
Além disso, o profeta Yechezkel também descreve que quando D'us viu o povo judeu naquele nível tão baixo, sob a terrível opressão egípcia, Ele falou: "Vocês devem viver através do seu sangue, vocês devem viver através do seu sangue" (Yechezkel 16:6). O Midrash (parte da Torá Oral) ensina que as duas menções do sangue se referem ao sangue do Brit Milá (circuncisão) e ao sangue do Korban Pessach. O que isto significa? O povo judeu estava em um nível espiritual muito baixo, também imersos em idolatria e promiscuidades, e por isso não tinham méritos suficientes para serem salvos por D'us. Mas com as Mitzvót do Brit Milá e do Korban Pessach, eles conseguiram se elevar e atingir o nível necessário para a salvação. Porém, como o sangue do Brit Milá e o sangue do Korban Pessach serviram como antídoto para o nível espiritual baixo do povo judeu, descrito como "nu e sem roupa"?
Explica o Rav Yohanan Zweig que a linguagem "Eirom", que significa "nu", se refere a um nível de nudez no qual a pessoa sente a vergonha e a humilhação de estar sem roupa. É o mesmo termo que a Torá utiliza quando Adam e Chava (Adão e Eva), após terem comido do fruto proibido, tiveram consciência de sua nudez e se esconderam por causa da vergonha. Já a linguagem "Eria", que significa "sem roupa", vem da raiz "Ervá", uma linguagem que está relacionada com libertinagem e imoralidade. É um nível no qual a pessoa perde a sua grandeza de ser humano e não sente mais nenhuma vergonha ou humilhação por estar nu. Os animais não tem nenhuma vergonha de sua nudez, pois a vergonha é um sentimento inato do ser humano. Quando uma pessoa cai neste nível, ela desce a um grau igual ao dos animais. De onde vem esta dessensibilização? Do constante envolvimento com comportamentos imorais.
Da mesma forma que isto ocorre no mundo material, também ocorre em um sentido espiritual. Uma pessoa que se afasta dos caminhos corretos pode sofrer duas consequências espirituais diferentes. Num primeiro nível, a pessoa comete transgressões mas sente vergonha por isto. Porém, há um nível ainda mais baixo, no qual a pessoa se sente confortável com os seus maus atos e perde a sensibilidade, não sentindo nem mesmo a vergonha dos seus erros. Neste nível, a pessoa perde o foco do que é requerido dela como ser humano.
Antes da saída do Egito, o povo judeu havia caído no 49º grau de impureza espiritual, em uma gradação que ia até 50. O profeta Yechezkel nos ensina que eles estavam tão dessensibilizados que já não sentiam nenhuma vergonha de estarem "nus espiritualmente", isto é, desprovidos de qualquer espiritualidade. O enorme peso da escravidão, junto com o profundo envolvimento com as idolatrias egípcias, desumanizaram tanto os judeus que eles perderam até mesmo a vergonha de sua condição espiritual tão baixa. Por isso o profeta utilizou as duas linguagens, para demonstrar que não apenas o povo judeu pecava, mas já não sentia nem mesmo a vergonha pelos seus erros.
O Talmud (Sanhedrin 62b) ensina que a idolatria é, na verdade, um meio que a pessoa utiliza para entrar em imoralidades. Enquanto uma pessoa sente vergonha do seu comportamento imoral, ela não pode aproveitar totalmente a libertinagem, pois sua consciência não a deixa. A única maneira é tirar de si a responsabilidade com D'us, e a idolatria é a maneira de atingir esta "liberdade". A escravidão piorou ainda mais a situação, pois o escravo é o protótipo da pessoa que não tem responsabilidade por os seus atos e as suas consequências futuras, envolvendo-se muito mais facilmente em comportamentos promíscuos. Neste contexto, foram necessárias as duas Mitzvót, o Brit Milá e o Korban Pessach, para afastar o povo judeu do caminho da idolatria e da imoralidade, e trazer os méritos necessários para a salvação.
Explica o erudito Rambam (refere-se ao Rabino Moshé ben Maimon, Maimónides) que o Brit Milá é um símbolo de moralidade, sendo especificamente realizado no órgão reprodutor para nos ensinar a elevarmos os nossos desejos e energias e canalizá-los ao cumprimento do nosso propósito na vida, o oposto do que fazem os animais, que são completamente dominados e guiados apenas por os seus desejos. Ainda segundo o Rambam, o Korban Pessach era a negação final da idolatria. O cordeiro era a divindade egípcia e, portanto, o abate do cordeiro demonstrava a lealdade do povo judeu com D'us. Os dois sangues ajudaram o povo judeu a retomar o foco, possibilitando a redenção.
Quando lemos a Hagadá na noite do Seder de Pessach e dizemos "Se D'us não tivesse tirado os nossos antepassados do Egito, nós, os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos ainda estaríamos subjugados ao Faraó no Egito", estamos reafirmando que se D'us não tivesse nos tirado do Egito, estaríamos até hoje entregues à promiscuidade e à idolatria, dois erros que nos afastam do nosso caminho correto e não nos deixam cumprir o nosso papel espiritual no mundo.
Da mesma forma que o povo judeu foi salvo pelo mérito dos dois sangues, do Brit Milá e do Korban Pessach, que possamos meritar a nossa salvação final voltando os nossos corações para D'us em Emuná (fé) completa e canalizando os nossos desejos apenas para fazer o que é correto na vida.
SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VE SAMEACH
Rav Efraim Birbojm
CONTROLAR AS TENTAÇÕES - PARASHÁ TZAV E PESSACH 5774
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Vamos reflectir sobre a Parashá Tzav, que continua a descrever as leis dos Korbanót (sacrifícios) que eram oferecidos no Mishkan (Templo Móvel). E um dos Korbanót era o "Korban Todá", o sacrifício de agradecimento, trazido por uma pessoa que havia passado por um grande risco de vida. O Korban servia para a pessoa reconhecer que a mão de D'us estava por traz da sua salvação, evitando assim o grave erro de pensar que as coisas acontecem por acaso, sem controle. E muitas vezes esta Parashá é lida no "Shabat HaGadol", o último Shabat antes da festa de Pessach, que começa na próxima segunda feira de noite (25/03). Talvez uma das conexões da Parashá Tzav com a festa de Pessach é que, da mesma forma que o Korban Todá era um lembrete para a pessoa não se esquecer da "Mão de D'us" na sua salvação, assim também é Pessach, a festa em que reunimos as nossas famílias, principalmente durante o Seder de Pessach, e recordamos todos os milagres que D'us fez para salvar.nos do Egipto.
A salvação do Egipto não foi apenas uma salvação física. O povo judeu estava numa terrível queda espiritual. O profeta Yechezkel, para descrever a decadência espiritual do povo judeu durante a escravidão no Egipto, após dois séculos no lugar mais promíscuo e idólatra do mundo, utiliza a seguinte expressão: "Ve At Eirom VeEria" (Yechezkel 16:7), que significa literalmente "você estava nua e sem roupa". O que significa esta expressão, e por que o profeta utilizou as duas linguagens aparentemente redundantes, nu e sem roupa?
Além disso, o profeta Yechezkel também descreve que quando D'us viu o povo judeu naquele nível tão baixo, sob a terrível opressão egípcia, Ele falou: "Vocês devem viver através do seu sangue, vocês devem viver através do seu sangue" (Yechezkel 16:6). O Midrash (parte da Torá Oral) ensina que as duas menções do sangue se referem ao sangue do Brit Milá (circuncisão) e ao sangue do Korban Pessach. O que isto significa? O povo judeu estava em um nível espiritual muito baixo, também imersos em idolatria e promiscuidades, e por isso não tinham méritos suficientes para serem salvos por D'us. Mas com as Mitzvót do Brit Milá e do Korban Pessach, eles conseguiram se elevar e atingir o nível necessário para a salvação. Porém, como o sangue do Brit Milá e o sangue do Korban Pessach serviram como antídoto para o nível espiritual baixo do povo judeu, descrito como "nu e sem roupa"?
Explica o Rav Yohanan Zweig que a linguagem "Eirom", que significa "nu", se refere a um nível de nudez no qual a pessoa sente a vergonha e a humilhação de estar sem roupa. É o mesmo termo que a Torá utiliza quando Adam e Chava (Adão e Eva), após terem comido do fruto proibido, tiveram consciência de sua nudez e se esconderam por causa da vergonha. Já a linguagem "Eria", que significa "sem roupa", vem da raiz "Ervá", uma linguagem que está relacionada com libertinagem e imoralidade. É um nível no qual a pessoa perde a sua grandeza de ser humano e não sente mais nenhuma vergonha ou humilhação por estar nu. Os animais não tem nenhuma vergonha de sua nudez, pois a vergonha é um sentimento inato do ser humano. Quando uma pessoa cai neste nível, ela desce a um grau igual ao dos animais. De onde vem esta dessensibilização? Do constante envolvimento com comportamentos imorais.
Da mesma forma que isto ocorre no mundo material, também ocorre em um sentido espiritual. Uma pessoa que se afasta dos caminhos corretos pode sofrer duas consequências espirituais diferentes. Num primeiro nível, a pessoa comete transgressões mas sente vergonha por isto. Porém, há um nível ainda mais baixo, no qual a pessoa se sente confortável com os seus maus atos e perde a sensibilidade, não sentindo nem mesmo a vergonha dos seus erros. Neste nível, a pessoa perde o foco do que é requerido dela como ser humano.
Antes da saída do Egito, o povo judeu havia caído no 49º grau de impureza espiritual, em uma gradação que ia até 50. O profeta Yechezkel nos ensina que eles estavam tão dessensibilizados que já não sentiam nenhuma vergonha de estarem "nus espiritualmente", isto é, desprovidos de qualquer espiritualidade. O enorme peso da escravidão, junto com o profundo envolvimento com as idolatrias egípcias, desumanizaram tanto os judeus que eles perderam até mesmo a vergonha de sua condição espiritual tão baixa. Por isso o profeta utilizou as duas linguagens, para demonstrar que não apenas o povo judeu pecava, mas já não sentia nem mesmo a vergonha pelos seus erros.
O Talmud (Sanhedrin 62b) ensina que a idolatria é, na verdade, um meio que a pessoa utiliza para entrar em imoralidades. Enquanto uma pessoa sente vergonha do seu comportamento imoral, ela não pode aproveitar totalmente a libertinagem, pois sua consciência não a deixa. A única maneira é tirar de si a responsabilidade com D'us, e a idolatria é a maneira de atingir esta "liberdade". A escravidão piorou ainda mais a situação, pois o escravo é o protótipo da pessoa que não tem responsabilidade por os seus atos e as suas consequências futuras, envolvendo-se muito mais facilmente em comportamentos promíscuos. Neste contexto, foram necessárias as duas Mitzvót, o Brit Milá e o Korban Pessach, para afastar o povo judeu do caminho da idolatria e da imoralidade, e trazer os méritos necessários para a salvação.
Explica o erudito Rambam (refere-se ao Rabino Moshé ben Maimon, Maimónides) que o Brit Milá é um símbolo de moralidade, sendo especificamente realizado no órgão reprodutor para nos ensinar a elevarmos os nossos desejos e energias e canalizá-los ao cumprimento do nosso propósito na vida, o oposto do que fazem os animais, que são completamente dominados e guiados apenas por os seus desejos. Ainda segundo o Rambam, o Korban Pessach era a negação final da idolatria. O cordeiro era a divindade egípcia e, portanto, o abate do cordeiro demonstrava a lealdade do povo judeu com D'us. Os dois sangues ajudaram o povo judeu a retomar o foco, possibilitando a redenção.
Quando lemos a Hagadá na noite do Seder de Pessach e dizemos "Se D'us não tivesse tirado os nossos antepassados do Egito, nós, os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos ainda estaríamos subjugados ao Faraó no Egito", estamos reafirmando que se D'us não tivesse nos tirado do Egito, estaríamos até hoje entregues à promiscuidade e à idolatria, dois erros que nos afastam do nosso caminho correto e não nos deixam cumprir o nosso papel espiritual no mundo.
Da mesma forma que o povo judeu foi salvo pelo mérito dos dois sangues, do Brit Milá e do Korban Pessach, que possamos meritar a nossa salvação final voltando os nossos corações para D'us em Emuná (fé) completa e canalizando os nossos desejos apenas para fazer o que é correto na vida.
SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VE SAMEACH
Rav Efraim Birbojm