JESUS MÍTICO X JESUS HISTÓRICO
01. Nasceu em Belém
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01. Provavelmente nasceu em Nazaré
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02. Personagem mítico
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02. Personagem real
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03. Filho de Deus
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03. Um profeta
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04. Deus encarnado
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04. Um homem sábio
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05. Nasceu de um parto virginal
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05. Nasceu como qualquer outro homem
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06. Afirmou ser Deus
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06. Nunca declarou ser Deus
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07. É Deus conosco
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07. É um enviado de Deus
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08. Fundou uma nova religião
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08. Formou uma Comunidade de Amor
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09. Declarou ser o Messias
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09. Nunca declarou ser o Messias
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Escrito por José Pinheiro de Souza
10. Encerrou a Revelação Divina
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10. Não revelou tudo
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11. Anulou leis da natureza
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11. Jamais anulou leis da natureza
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12. Ressuscitou mortos
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12. Nunca reanimou cadáveres
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13. Ressuscitou fisicamente
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13. Manifestou-se vivo após a “morte”
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14. Transformou pão em seu corpo
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14. Jamais transformou pão em seu corpo
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15. Transformou vinho em seu sangue
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15. Jamais realizou esse tipo de milagre
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16. Transformou água em vinho
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16. Nunca realizou esse tipo de milagre
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17. Instituiu sacramentos
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17. Não instituiu nenhum sacramento
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18. É o único caminho para o Pai
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18. É um caminho ao lado de outros
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19. É uma pessoa totalmente divina
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19. É uma pessoa totalmente humana
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Escrito por José Pinheiro de Souza [link]
20. É Deus e homem
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20. É só homem
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21. É literalmente Filho de Deus
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21. É metaforicamente Filho de Deus
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22. É a Segunda Pessoa da Trindade
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22. Não é uma pessoa literalmente divina
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23. Pregou que o inferno existe
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23. Não falou de penas eternas
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24. Tudo o que disse é verdade literal
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24. Nem tudo o que disse é verdade literal
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25. Disse que só a fé salva
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25. Jamais fez esse tipo de afirmação
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26. Disse que é igual ao Pai
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26. Disse que o Pai é maior do que ele
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27. Pregou a necessidade do batismo
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27. Jamais pregou a necessidade desse mito
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28. Disse que retornará fisicamente
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28. Jamais afirmou que retornará fisicamente
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29. Fundou a Igreja cristã
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29. Não fundou nenhuma igreja
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30. Pregou a fé cristã mítica
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30. Pregou a prática do amor
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31. Foi morto pelos judeus
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31. Foi morto pelos romanos
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32. Foi executado por ter se declarado “Filho de Deus”
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32. Foi executado por ter sido considerado uma pessoa inconveniente
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33. Morreu, com seu sangue derramado na cruz, para libertar-nos das garras de Satanás, que tinha o homem em seu poder, desde a queda de Adão e do Pecado Original.
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33. Não morreu para resgatar nossos débitos espirituais do poder de Satanás, pois Satanás não existe, e é somente através da caridade e do amor que o homem consegue redimir-se de seus débitos espirituais.
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Escrito por José Pinheiro de Souza
HÁ DOIS CRISTIANISMOS?
Há, de fato, dois cristianismos. O cristianismo racional de Jesus (ou de Cristo), também chamado de “o cristianismo das origens”, não uma nova religião ou seita, mas um código de moral (ou de ética) universal, resumido na lei do amor, autenticamente ensinado e vivenciado por Jesus, “o terreno onde todos os cultos podem se reencontrar, a bandeira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam suas crenças, porque jamais foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte levantadas pelas questões de dogma” (KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, 1º parágrafo), e o cristianismo irracional, dogmático e mítico dos cristãos, um novo credo religioso, caracterizado, sobretudo, por um conjunto de dogmas (ou de mitos) exclusivistas e divisionistas, fragmentado em centenas de igrejas, seitas e denominações, objeto de inúmeras controvérsias e de numerosos conflitos ao longo de sua história, originalmente fundado, não por Jesus de Nazaré, mas por Paulo de Tarso (daí ser também chamado de “paulinismo”).
O cristianismo racional de Jesus é a única forma de religiosidade (ou de espiritualidade) capaz de unir todas as pessoas e todas as crenças deste planeta, enquanto o cristianismo irracional, dogmático e mítico dos cristãos nunca teve (e jamais terá) condições de unir a cristandade e a humanidade.
Infelizmente, o cristianismo que dominou a História por dois mil anos foi o cristianismo irracional, exclusivista e divisionista dos cristãos, preocupado mais com crenças irracionais, míticas, do que com a prática do amor ao próximo, e não o cristianismo racional, pluralista, unificador e essencialmente prático de Jesus, o qual só tem um mandamento, A PRÁTICA DO AMOR: “Isto vos ordeno: amai-vos uns aos outros” (João 15,17).
Tenho um grande e igual respeito por todos os credos religiosos, mas defendo a idéia de que a verdadeira religião não consiste essencialmente em aderir a crenças ou a dogmas de Religião A ou B, mas em vivenciar o amor, em praticar a caridade. Para mim, o amor deve estar acima de tudo, em oposição frontal aos “religiosos” que põem suas “verdades” (suas crenças, sua religião) acima da caridade e do amor, chegando mesmo a matar o próximo em nome de sua fé. Não foi isso o que Jesus ensinou. O que ele pregou foi a religião do amor. Conforme está escrito no Evangelho de João, ele declarou explicitamente que, para ser seu discípulo, isto é, para ser seu seguidor, ou seja, para ser “cristão”, a condição necessária e suficiente é AMAR O PRÓXIMO: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos [isto é, que sois “cristãos”], se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13,35).